As companhias aéreas, com o uso dos recursos tecnológicos se blindam continuamente de prejuízos financeiros pela não ocupação de um assento.
Sendo o ticket aéreo um produto perecível, aquele assento que não foi ocupado no voo gera ônus para as companhias, visto que esta deixou de vender aquele lugar e o custo para operar o voo é o mesmo, resultando em queda de rentabilidade.
Para prevenir-se de prejuízos e evitar excessos, as companhias nacionais e internacionais aplicam políticas de reservas que, se não respeitadas, contemplam penalização financeira aos viajantes, empresas e agências que gerenciam as reservas. Essas regras variam de acordo com cada companhia, bem como os valores cobrados. Confira as principais causas:
• Duplicidade de reserva: uma duplicidade pode ser caracterizada por duas reservas na mesma companhia aérea realizadas em canais de vendas diferentes ou no mesmo canal, duplicidade de trechos com a mesma data. Alguns sistemas já são tão avançados que conseguem apurar a duplicidade até em rotas distintas, mas em horários simultâneos.
• Churning: Consiste na reativação de uma reserva por mais de 3 vezes. Isso ocorre quando a reserva cai por prazo e o viajante solicita que a reserva seja refeita, para renovar o prazo de emissão. As companhias consideram que você está bloqueando o lugar no voo além do permitido e a penalização pode variar de Us$25 à US$200 por trecho.
• Reservas Especulativas: caso a companhia tenha indícios de que a reserva foi realizada para bloquear o lugar no voo, sem a intenção de emissão, ela pode penalizar o canal de venda. Uma forma de identificação são nomes falsos: personagens famosos, nome TESTE/TESTE, entre outros.
• No Show: Consiste no não comparecimento ao embarque. Uma vez o bilhete emitido e o passageiro não comparece e não cancela a reserva, a companhia aérea pode penalizá-lo no momento da remarcação, cobrando uma multa. Os valores podem variar de US$50 a US$400 para viagens internacionais e a partir de R$170,00 para viagens nacionais. Em alguns casos, a companhia invalida o uso do bilhete em caso de no show.
Como evitar essas cobranças
Com o volume de reservas realizados para viagens corporativas, é muito importante que o solicitante ou viajante esteja a par dessas regras para evitar custos desnecessários. Confira 3 dicas que auxiliam a minimizar esses gastos:
1. Ao realizar uma reserva no Selfbooking, o sistema já define um prazo de emissão e a reserva é cancelada ao termino dessa vigência. Planeje-se para emitir dentro deste prazo, evitando assim o churning por reativação de reservas.
2. Não solicite mais de uma reserva por companhia ou trecho, seja no mesmo canal ou canais de vendas distintos.
3. Ao constatar que não poderá embarcar em um voo, solicite o cancelamento da reserva à agência, evitando o no show. Algumas companhias caracterizam o no show pelo cancelamento tardio, mesmo que antes do embarque. Nesses casos, o ideal é já definir uma nova data e remarcar o bilhete.
A aplicação da política de reservas é uma forma da companhia aérea maximizar a ocupação de seus voos e de assegurar a disponibilidade do serviço aos viajantes que demandam determinado voo. Ao cumprir as determinações, as empresas minimizam o desperdício de gastos, o que resulta em uma boa gestão de viagem.
Por: Andrea Saul, supervisora de Marketing e Qualidade na Maringá Turismo.